Esse blog faz parte do projeto "Blogando: o uso do blog como ferramenta pedagógica", da disciplina Leitura e elaboração de textos acadêmicos I, do curso de Licenciatura em Educação Física da Universidade Federal Fluminense/RJ. O blog visa auxiliar os alun@s na prática de leitura e produção textual, requisito da vida acadêmica, funcionando como uma ferramenta de apoio didático. Para tal, estaremos "bloggando" no intuito de postar textos sobre os conteúdos da disciplina, além de informações afins.
Saudações acadêmicas, Prof. Dr. Fabiano Pries Devide e Apolo Braz [monitor].

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Notas sobre “Para Quem Pesquisamos? Para Quem Escrevemos?” (SOARES, 2001) [Texto 3]

            A autora inicia o texto levantando duas questões: Para quem pesquisamos e para quem escrevemos? Para tal, é feita uma comparação entre as características dos dois tipos de autores: os autores de textos literários (escritores) e os que se fazem autores de textos científicos (pesquisadores-autores).
Para a autora, o escritor escreve porque sente necessidade, precisa se expressar, por gostar, por “terapia”, para se satisfazer. Por outro lado, o pesquisador-autor tende a escrever porque é uma incumbência, um compromisso acadêmico, com o intuito de divulgar o conhecimento para o seu público: seus "pares", ou seja, os estudiosos/as da área. Nesse contexto, o escritor escreve como forma de estudo, enquanto o pesquisador-autor escreve sobre o resultado do seu estudo [pesquisa]. O escritor não escreve prioritariamente pela popularidade [muitos/as preferem não tê-la]. O pesquisador-autor, em contrapartida, acredita que quanto mais popular o seu texto [artigo, livro, capítulo, tese etc.], melhor é o trabalho científico e o seu reconhecimento na academia.
Diante desse cenário, o escritor tende a escrever para um público irrestrito, enquanto o pesquisador-autor escreve para publicar o conhecimento que produziu para outros pesquisadores, e não para o público em geral. No entanto, de acordo com a autora, as pesquisas devem servir como um objeto de intervenção para melhorar os problemas cotidianos.
Para escrever para este outro tipo de leitor, é necessário que o pesquisador-autor reorganize sua forma de produção textual. Contudo, há uma dificuldade do pesquisador–autor em escrever de forma compreensível ao leitor comum: o professor da escola. Para exemplificar isso, a autora apresenta as orientações da revista “Ciência Hoje”, que explicitam a necessidade de “regras” para que os pesquisadores-autores escrevam para um outro tipo de leitor, que não sejam seus pares.
Conclui-se ser importante que essas barreiras sejam superadas para que haja divulgação do conhecimento científico produzido para todos, e não somente aqueles presentes na academia.
Referência Bibliográfica:
SOARES, M. Para quem pesquisamos? Para quem escrevemos? In.: MOREIRA, A. F. et al (Orgs.). Para quem pesquisamos para quem escrevemos: o impasse dos intelectuais. São Paulo: Cortez, 2001. p. 65-90.

domingo, 10 de abril de 2011

Notas sobre “O Ato Apaixonante de Pesquisar”(MÜLLER, 2004) [Texto 2]

       O texto aborda a importância da pesquisa na formação do professor, especificamente de Educação Física, a partir da experiência pessoal da autora na elaboração da monografia de final de curso. Apresenta a pesquisa como um desafio que pressupõe estudo, leitura e dedicação. Essencial na formação do professor, a prática da pesquisa fornece elementos para a formação crítica e reflexiva. Se no início dessa prática, pesquisar tende a ser complicado, ao longo da vida acadêmica, fazer pesquisa pode se tornar um “ato apaixonante”.
Para a descoberta do tema da pesquisa, primeiramente é preciso ler e selecionar a literatura afim em diversas fontes (livros, capítulos, artigos em periódicos indexados, dissertações de mestrado e teses de doutorado). O tema escolhido deve estar relacionado a algo que o pesquisador/a se identifique e tenha curiosidade em adquirir novos conhecimentos.
Para desenvolver a pesquisa, deve-se elaborar a metodologia: predominantemente qualitativa [associada às Ciências Sociais e Humanas] ou quantitativa [associada às Ciências Naturais]. A pesquisa qualitativa, utilizada pela autora, tem características básicas, como: a importância do “processo” de pesquisa, a fonte de dados ser o campo pesquisado, os instrumentos de pesquisa serem geralmente o questionário a entrevista e o diário de campo, os dados terem natureza descritiva, e a análise tender a ser caracterizada por um processo indutivo. Este método de pesquisa é usado em estudos sobre as complexas relações sociais. É preciso, então,  conhecer os métodos e saber aplicá-los para fazer afirmações.
Em suma, a atitude a ser tomada é ler e estudar. Pesquisar pode ser uma atividade encantadora, além de auxiliar na formação crítica do sujeito, ampliando sua visão de mundo.


Referência Bibliográfica
MÜLLER, D. M. O ato apaixonante de pesquisar. In.: CAUDURO, M. T. (Org.). Investigação em Educação Física e Esportes. Novo Hamburgo: Feevale, 2004. p. 29-38.

sábado, 2 de abril de 2011

Notas sobre o "memorial" [Texto 1]

O Memorial [1] é um trabalho relevante no meio acadêmico e profissional, introduzindo o projeto de trabalho do autor/a no seu projeto pessoal maior. Severino (2002) interpreta o memorial como uma:

(...) retomada articulada e intencionalizada dos dados do curriculum vitae (...) trata de se ter uma percepção mais qualitativa (...) pelo próprio autor (...) constitui, pois, uma autobiografia, configurando-se como uma narrativa simultaneamente histórica e reflexiva. (p. 141-142).

Em termos gerais, o memorial é útil em termo institucional e de avaliação da trajetória pessoal na profissão. Caracteriza-se como um relato histórico, analítico e crítico, que pretende expressar e situar as vivências do seu autor/a no âmbito histórico – cultural, trazendo o posicionamento teórico/prático, as influências e avaliações da carreira.
Deve conter a fase de formação do autor/a, seus investimentos e experiências no âmbito da atividade profissional, o amadurecimento intelectual, e por fim indicar que caminhos almeja seguir na vida acadêmica ou profissional. Em sua construção textual, recomenda-se o uso de tópicos, retratando fielmente a trajetória percorrida, de forma autêntica e crítica.


Referência Bibliográfica 


SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Cortez, 2002. p. 141-143.