Esse blog faz parte do projeto "Blogando: o uso do blog como ferramenta pedagógica", da disciplina Leitura e elaboração de textos acadêmicos I, do curso de Licenciatura em Educação Física da Universidade Federal Fluminense/RJ. O blog visa auxiliar os alun@s na prática de leitura e produção textual, requisito da vida acadêmica, funcionando como uma ferramenta de apoio didático. Para tal, estaremos "bloggando" no intuito de postar textos sobre os conteúdos da disciplina, além de informações afins.
Saudações acadêmicas, Prof. Dr. Fabiano Pries Devide e Apolo Braz [monitor].

terça-feira, 31 de maio de 2011

Exemplo de Fichamento [ Atividade 6]

Tema: Cultura Corporal de Movimento

Referência: PICH, S. Cultura Corporal de Movimento. In: GONZÁLES, F.J.; FENSTERSEIFER, P.E. (Orgs.). Dicionário Crítico de Educação Física. Ijuí: Unijuí. 2005. P.108-111.

Resumo: As discussões sobre corpo nas ciências sociais vão aparecer nas décadas de 1960-70, apesar de a questão já ter sido tratada por pensadores no séc. XX, como Freud, Merleau-Ponty e Mauss. O conceito de cultura corporal de movimento é referência na área de Educação Física. Deve ser entendido a partir da ruptura com o olhar biológico e mecanicista do corpo, resgatando a sua dimensão histórico-social, notadamente a partir da crise de identidade da Educação Física na década de 1980. Tal conceito, especificamente no campo de Educação Física, provém de duas fontes: o conceito de cultura física que advêm da tradição soviética, e os conceitos de cultura corporal e cultura do movimento, elaborados a partir da corrente progressista da Educação Física alemã. Essa última corrente possui desdobramentos: as perspectivas marxista, fenomenológica e etnográfica. A perspectiva marxista busca identificar de que forma é representada a estrutura social no esporte, enquanto a fenomenológica busca “(...) identificar a produção de redes simbólicas por meio da linguagem corporal enquanto elemento da identidade cultural de uma sociedade” (PICH, 2005, p.110). No Brasil, estabeleceu-se uma relação entre os conceitos de cultura corporal e cultura de movimento, surgindo o conceito de cultura corporal do movimento.

Comentários: As perspectivas acima sintetizadas rompem com o entendimento reducionista de corpo presente na Educação Física brasileira até a década de 1970, superando a visão mecânica e biológica do corpo, orientada por preceitos técnicos, inaugurando uma Educação Física culturalista, que pressupõe a interação do homem com o mundo. O texto aborda de forma breve e objetiva o conceito de cultura corporal de movimento, trazendo o seu percurso histórico. É relevante por trazer informações acerca de um conceito-chave na área de Educação Física, a cultura corporal de movimento, esclarecendo seus pressupostos teóricos.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Notas sobre Fichamento (CRUZ; RIBEIRO, 2004) (MOROZ; GIANFALDONI, 2002) (SEVERINO, 1996) [ Textos 6, 7 e 8]






O processo de aprendizagem do conteúdo deve acontecer de forma contínua, progressiva e seletiva. A assimilação passiva não é eficaz, sendo importante entender que a aprendizagem é pessoal e necessita estudo permanente. A evolução do conhecimento da ciência avança rapidamente e o pesquisador precisa construir o seu método pessoal de estudo, organização e assimilação dos conteúdos.
Para a elaboração de um trabalho é relevante fazer leituras e fichamentos das mesmas. A prática de “documentar” o conteúdo estudado é útil para a pesquisa e pode ser realizada em “fichas”, armazenadas em “pastas” no computador e/ou arquivos. O fichamento é o esqueleto da obra, onde se efetua uma inter-relação entre as idéias do texto, auxiliando o pesquisador na sua compreensão.
Na literatura aqui utilizada, são apresentados quatro modelos de fichamento. O fichamento bibliográfico por autor, contém nome do autor, o título da obra, edição, local de publicação, editora, ano de publicação, numero do volume ou o número de páginas, se houver mais de um volume; o fichamento bibliográfico por assunto, que contém as mesmas instruções da ficha anterior, porém inclui o assunto/tema e sub-temas; o fichamento de transcrição, que reúne trechos importantes e literais do texto, organizados em “citações diretas”, seguidas do autor/a, ano de publicação e página da qual o trecho foi retirado; e o fichamento resumo/analítico, caracterizado pela síntese de um livro, capítulo ou artigo, seguido de conclusões pessoais. Este modelo é mais completo e como os três anteriores, inicia com a referência bibliográfica, seguida do tema/sub-tema referentes ao texto fichado, uma síntese (resumo) com idéias centrais e citações literais [se necessário], e por fim, uma análise crítica coerente, sustentada pelo fichador, destacando idéias e reflexões que surgem após a leitura, o que pressupõe, também, um diálogo com outros textos lidos pelo fichador sobre o tema em questão.


Referência Bibliográfica


CRUZ, C.; RIBEIRO, U. Metodologia científica: teoria e prática. Rio de Janeiro: Axcel, 2004. p. 89-95.



MOROZ, M.; GIANFALDONI, M. H. O processo de pesquisa: iniciação. Brasília: Plano, 2002. p 37-44.

SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Cortez, 1996.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Notas sobre "Metodologia Científica: teoria e prática" e sobre "Filosofando: Introdução à Filosofia" (ARANHA, 2007; CRUZ, RIBEIRO, 2004) [Textos 4 e 5].


“(...) pensamento que resulta da relação que se estabelece entre o
sujeito que conhece e o objeto a ser conhecido. (...) Se de início
o homem precisa de crenças e opiniões prontas (...) em outro (...)
é preciso que ele seja capaz de ‘reintroduzir o caos’, criticando
as verdades sedimentadas, (...) de modo a alcançar novas interpretações
da realidade” (ARANHA, MARTINS, 2004, p. 21)

Os textos de Aranha (2007), Cruz e Ribeiro (2004) abordam o tema “conhecimento”. Ambos corroboram a idéia de que o conhecimento pode ser classificado em conhecimento do senso comum (ou espontâneo) e conhecimento científico; enquanto Cruz e Ribeiro (2004) também apresentam os conhecimentos teológico e filosófico.
Segundo os autores/as, o conhecimento do senso comum possui as seguintes características: i) é superficial e ametódico, desprovido de uma sistematização; ii) é empírico, pois se constitui a partir da resolução de problemas do cotidiano, através de experiências do sujeito; iii) é ingênuo e acrítico, pois não é reflexivo ou propõe questionamentos; iv) é fragmentário, particular e subjetivo, por estar relacionado ao juízo de valor pessoal. Por tais características, esse conhecimento possui um componente ideológico, podendo servir como forma de manipulação ou imposição de idéias. Sendo assim, é importante transformá-lo em “bom senso”, assumindo um caráter crítico e coerente, para que não se torne presa do saber ilusório.
O conhecimento científico surgiu com os filósofos gregos, com a finalidade de encontrar respostas e/ou verdades sobre os fenômenos estudados. Entre suas características, as autoras enumeram que esse conhecimento: i) busca a generalidade, pelas relações estabelecidas com o objeto investigado; ii) é sistemático; iii) almeja a objetividade; e iv) utiliza o método científico, através da aplicação  testes e verificação, com vistas a descobrir regularidades e fazer generalizações. A aplicação do conhecimento científico colabora para que ocorra desenvolvimento de tecnologias e melhoria da vida cotidiana, desde que seja desenvolvido no contexto de uma ética científica.
Referências Bibliográficas
ARANHA, M. L.; MARTINS, M. H. P. Filosofando: Introdução à Filosofia. São Paulo: Moderna, 2007. p. 127-131.
CRUZ, C.; RIBEIRO, U. Metodologia Científica: teoria e prática. Rio de Janeiro: Axcel, 2004. p. 32 – 36.